Resenha

DA SALA DE AULA PARA A LUTA DE CLASSES: NOVO VOLUME BIOGRÁFICO SOBRE O JOVEM KARL MARX

HEINRICH, Michael. Karl Marx e o nascimento da sociedade moderna: biografia e desenvolvimento de sua obra – vol.1: 1818-1841. Trad.Claudio Cardinali. São Paulo: Boitempo,2018. 472p. Pablo Luiz de Oliveira Lima

Recebido: 08/2019 Aprovado: 11/2019

Uma nova biografia de ninguém menos que Karl Marx, em três volumes, é a última
empreitada do matemático e cientista político alemão, Michael Heinrich, um dos maiores
conhecedores da obra de Marx na contemporaneidade. O primeiro volume, publicado pela Boitempo em 2018, com tradução primorosa de Claudio Cardinali, permite, pela densidade da pesquisa documental, meticuloso cuidado na análise das fontes primárias – em especial a correspondência – e diálogo com a bibliografia, que o autor possa também ser considerado, com todos os méritos, um historiador.
Antes desta, mais de trinta biografias de Karl Marx foram publicadas, a primeira delas
em 1912, Karl Marx: his life and work, do norte-americano John Spargo, ainda antes da
Revolução Russa de 1917. O que justifica mais uma? Além do fato de novas fontes, contendo novas informações, terem sido encontradas e analisadas ao longo dos anos, o autor apresenta a necessidade de uma revisão historiográfica sobre as biografias anteriores, empreitada que acompanha toda a obra. Heinrich caracteriza a literatura biográfica sobre Karl Marx em dois grandes grupos: por um lado, hagiografias que heroicizam a figura de Karl Marx como um ser iluminado. Por outro, biografias críticas e até depreciativas, como Karl Marx: a study in fanaticism (1934) do britânico Edward Carr. Algumas focam na vida pessoal, desconectada da produção de sua obra, enquanto outras analisam a obra, mas negligenciam as condições de vida pessoal de Karl Marx no momento de produção de cada trabalho. Heinrich lembra ainda que na antiga Alemanha Oriental o gênero biográfico era pouco valorizado, pois entendia-se que eram as classes, e não os indivíduos, o motor da história. Ao mesmo tempo os fundadores do socialismo – Karl Marx, Friedrich Engels e Vladimir Lenin – eram cultuados e considerados
gênios individuais. Michael Heinrich aponta que, no caso de Karl Marx, existe uma forte mistura entre a vida pessoal e sua obra intelectual e política. Essa relação é perceptível em vários momentos de sua história que, para o autor, foi marcada por uma sequência de tentativas de construção de grandes análises sobre a sociedade que não se completaram devido a questões ao mesmo tempo pessoais e sociais: mudanças de regime, exílios, fugas de perseguições, amizades rompidas e diversos outros problemas. Heinrich propõe, assim, uma tentativa de integrar a compreensão da história da vida de Karl Marx com o desenvolvimento de sua obra. No primeiro volume, o autor cumpre a promessa e não apenas relaciona vida e obra, mas também ambas com a conjuntura
política mais ampla.
Apesar de admitir simpatia por Karl Marx, o autor apresenta de modo extensivo uma
perspectiva equilibrada e, mais do que isso, humanizada. Não tenta encobrir problemas,
contradições e questões reveladas pelas fontes, mas abre campo para incertezas, que fazem parte do conhecimento histórico. No capítulo 1, Heinrich analisa a vida de Karl Marx na infância, adolescência, a amizade de sua família com a de von Westphalen – de sua futura esposa, Jenny – e o início da vida escolar até a conclusão do ginásio. Para tanto, situa o leitor em uma compreensiva análise do contexto social, econômico, político e cultural de Trier, cidade natal de Karl Marx. O título do primeiro capítulo – “Juventude perdida” – surpreende, pois o que o autor apresenta é uma juventude vivida sem maiores sobressaltos, com grande conforto material, em uma família abastada, mas com uma profunda formação de caráter.
Talvez o título tenha o sentido de apontar para o caráter fragmentário das fontes sobre
a juventude de Karl Marx. Esse é caso de sua mãe, a holandesa judia Henriette Presburg. São poucos informações conhecidas sobre ela, registradas em algumas cartas que sugerem uma personalidade crítica, um tanto sarcástica, traços que se encontram na vida e na obra de seu filho. Mas, mesmo pelo pouco que se sabe, não parece adequado considerar essa fase da vida de Karl Marx como perdida. Ao contrário, a sua juventude foi rica em experiências formativas relacionadas ao contexto político mais amplo: no âmbito privado, a onda conservadora que dominou a Prússia nas décadas após a derrota de Napoleão em 1815, atingiu a família Marx.
Com a proibição de judeus a certas atividades e profissões, o pai, um alemão judeu, Heinrich Marx, advogado bem sucedido, decidiu se converter ao protestantismo e, posteriormente, batizou os filhos: Karl Marx foi batizado como cristão aos seis anos de idade. Isso garantiu à família acesso à alta sociedade prussiana, mas não deixou de representar uma tensão – rompimento com a religião ancestral – no âmbito privado.
Considerando que a infância e adolescência são períodos da vida em que se forma a
identidade e o caráter do futuro adulto, é importante saber que Karl Marx frequentou uma escola de elite: o Ginásio de Trier, colégio fundado por franceses durante a ocupação napoleônica. Lá ele teve contato com o processo de reação conservadora sobre o currículo escolar e, neste ponto, o livro de Heinrich dialoga com o tempo presente da realidade brasileira. Em 1819 os Decretos de Karlsbad, na Prússia, guardam uma notável semelhança com o movimento Escola sem Partido que atualmente circula pelo Brasil: proibia discussões políticas nas escolas e organizações estudantis, reduzia e controlava o currículo de História, proibindo que nas aulas ocorressem comparações entre acontecimentos do passado clássico com os acontecimentos contemporâneos e criava uma rede de denúncias de estudantes por professores e desses por inspetores e diretores. Karl Marx, cuja vida na adolescência era absolutamente centrada na
escola e nos projetos de formação acadêmica, testemunhou, no Ginásio de Trier, um conflito político-pedagógico entre seus professores, reflexo de um movimento mais amplo de onda conservadora. Graças à preservação da documentação do Ginásio de Trier, o autor pôde perceber a aproximação de Karl Marx com alguns professores oriundos de uma formação mais humanista e crítica, como seu professor de História e diretor do Ginásio de Trier, Johann Hugo Wyttenbach,2e seu distanciamento de outros docentes conservadores, como seu professor de grego e vice-diretor do Ginásio, Vitus Loers, reconstruindo com riqueza a história da escola e das relações entre as personagens então de grande importância para um jovem estudante.
Esse capítulo termina com a análise da redação de conclusão do Ginásio por Karl Marx,
aos 17 anos, “Considerações de um rapaz acerca da escolha de uma profissão”, cujo texto completo é um dos presentes com o qual esta edição da Boitempo brinda o leitor. Nessa redação, um juveníssimo Karl Marx defende que não há, necessariamente, um conflito entre interesses individuais e os interesses da sociedade. Ao contrário, conclui que “A história chama de grandes aqueles homens que se enobrecem na medida em que trabalham pelo interesse geral; a experiência louva como mais felizes aqueles que mais tornam outros felizes (…)” (Marx apud Heinrich, 2018, p. 424). Temos aqui uma posição filosófico-política altruísta que, da adolescência em diante, foi coerente em toda sua trajetória.
No segundo capítulo, “Partida e primeira crise”, o autor analisa o período em que Karl
Marx tornou-se estudante nas universidades de Bonn e Berlin, transitando do direito para a filosofia, passando pela poesia. Ao contextualizar a vida universitária da época, o autor continua no campo da história da educação e apresenta uma visão bastante crítica, apesar de difusa, da vida acadêmica atual do século XXI:


Apesar de estudar direito, Marx não frequentava apenas cursos dessa área. Era
bastante comum, no século XIX, que os estudantes também fizessem cursos
em áreas bem diferentes de suas disciplinas regulares. Na época, ainda havia
uma ligação entre a universidade e a formação dos estudantes. A prática hoje
comum de avaliar o aprendizado todo semestre por meio de uma grande
quantidade de provas – testando um conhecimento decorado – provavelmente
teria sido rejeitada e considerada absurda na época. (Heinrich, 2018, p. 152)


Um dos pontos em que Heinrich avança em relação às biografias anteriores é na
compreensão de que Karl Marx adquiriu uma base jurídica sólida em Bonn, algo que tem reflexo em sua obra posterior. “O fato de que Marx teve uma formação sólida em direito foi diversas vezes ignorado – ou subestimado – pela literatura (Heinrich, 2018, p. 270). Nesta época, Marx passa por uma “crise” em vários campos: seu relacionamento com Jenny von Westphalen chega a um ponto de decisão, e terminam noivos. Vai para a Universidade de Berlim onde tem aulas com Edouard Gans, um reconhecido hegeliano que já compreendia as relações de luta de classes.
Rompendo com as ciências jurídicas e com o projeto familiar de formar-se em direito,
seguindo, assim, a profissão do pai, Karl Marx passa por uma fase de experimentos poéticos e literários. A edição apresenta trechos de alguns poemas, que denotam um romantismo literário, tendo como tema central o amor e a dignidade. Em “Sensações” (“Empfindungen”), de 1836, Karl Marx escrevia:


Nunca vamos nos encurvar,
Cair no medo, na sujeição abjeta.
Pois o caminho de ansiar,
Agir, será sempre a exigente meta (Marx apud Heinrich, 2018, p. 216).

Abordando a vida privada de Marx, Heinrich lembra que a poesia foi levada a sério pelo
jovem Karl, que publicou dois livros de poemas e obteve o consentimento e até estímulo do pai para a produção poética. E levanta a questão, que está presente na historiografia sobre a sua vida: por que teria desistido da poesia? Voltando à redação final do ginásio, Heinrich acredita que Karl Marx chegou a considerar sua poesia como puramente idealista e um tipo de trabalho que não estaria contribuindo para o bem da humanidade. A crise pessoal de Karl Marx culmina com a morte do seu pai e principal apoiador, em 1838. Trata-se de uma importante cisão em sua vida. Além do impacto psicológico da perda do pai, a família passou por dificuldades econômicas quando Karl estava em um momento de redefinição de sua trajetória acadêmica e profissional.
O terceiro capítulo analisa a aproximação de Karl Marx com a filosofia da religião e o
hegelianismo até a definição de sua pesquisa de doutorado e aprovação de sua tese em 1841.
Uma dimensão da vida de Karl Marx pouco conhecida é sua aproximação com debates e estudos filosófico-religiosos e teológicos. Heinrich percebe a influência de Hermann Reimarus, cuja obra relativiza a história de Jesus. Reimarus argumentava que Jesus não teve a intenção de fundar uma nova religião, mas de reformar o judaísmo.
Heinrich questiona a existência de um movimento caracterizado como “jovem
hegelianismo” e defende que se deve falar de um “discurso jovem-hegeliano” ou corrente jovem-hegeliana (2018, p. 340), do qual Ludwig Feuerbach e Bruno Bauer seriam participantes.
Este último, que chegou a ser amigo próximo de Karl Marx, foi um expoente da teologia
especulativa. Ele concluiu, por exemplo, que o evangelho de João “não seria um relato histórico, mas uma criação artística livre do evangelista” (Heinrich, 2018, p. 350) e que “os textos dos Evangelhos não se baseavam em conhecimentos diretos sobre Jesus enquanto pessoa histórica; tais escritos seriam produto da ‘autoconsciência’ dos evangelistas” (Heinrich, 2018, p. 352- 353).
Entre 1835 e 1841, Karl Marx tornou-se ateu. No “Prefácio” de sua dissertação de
doutorado cita a tragédia Prometeu, de Ésquilo: “Numa palavra: odeio todos os deuses”. Mas, para Heinrich, a passagem ao ateísmo “não levou a um abandono dos temas filosóficoreligiosos”.
Karl Marx fez vários projetos de trabalhos no campo dos debates filosóficoreligiosos
que, no entanto, não foram concretizados, “de modo que, hoje, a filosofia da religião
não é com muita freqüência considerada um dos campos de atuação de Marx” (Heinrich, 2018, p. 358). E conclui que:

Apesar dos estudos filosófico-religiosos de Marx não terem sido publicados
enquanto tais, sua influência sobre os escritos posteriores é inegável. Na obra
de Marx como um todo, especialmente em O capital, é possível encontrar uma
série de citações e referências à Bíblia, assim como alusões a temas teológicos
(Heinrich, 2018, p. 360).


Em sua pesquisa se doutorado, Karl Marx aproxima-se de Georg W. F. Hegel. Sua
dissertação de doutorado, no entanto, foi submetida e aprovada na Universidade de Jena, e não em Berlim. Sobre os motivos que levaram Karl Marx a enviar sua dissertação para esta universidade, segundo Heinrich, são incertos: “Não se preservou nenhuma declaração que justifique essa decisão; restam-nos apenas conjecturas” (Heinrich, 2018, p. 393). As hipóteses apresentadas por Heinrich são ligadas a motivos práticos: taxas menores, o fato de Jena não exigir uma tradução para o latim e, principalmente, a necessidade que Karl Marx tinha de receber um diploma logo, por impaciência da família no contexto pós-morte de seu pai. Karl Marx defendeu sua dissertação de doutorado in absentia (ou, para usar um termo atual, à distância). Não frequentou nenhum curso na Universidade de Jena e apenas enviou sua dissertação que foi avaliada pelos professores de Jena, onde ele foi aprovado como “excepcionalmente digno” recebendo o título de doutor em filosofia (e não doutor em filosofia e mestre em artes liberais, se tivesse defendido na Universidade de Berlim). Um problema no âmbito das fontes apontado por Heinrich é o fato da dissertação original de Marx não ter sido preservada em Jena. Após a Segunda Guerra Mundial, os registros de Karl Marx em Jena foram encontrados, mas sem a dissertação. Heinrich lembra que


A única versão preservada é uma cópia incompleta feita por um desconhecido.
Contudo, não sabemos se esse texto, concebido como modelo para uma
publicação, é idêntico ao do exemplar enviado a Jena. (…) Não sabemos se o
texto foi alterado, mas é provável que sim (Heinrich, 2018, p. 374).
De modo didático e objetivo, Heinrich analisa a dissertação de doutorado de Karl Marx,
Diferença entre a filosofia da natureza de Demócrito e a de Epicuro e conclui que
A principal diferença entre os dois, para Marx, é seu posicionamento em
relação ao determinismo. Enquanto para Demócrito o mundo seria dominado
pela necessidade – ele nega o acaso, considerando-o uma ficção humana –,
Epicuro contesta a necessidade dos acontecimentos e destaca que algumas
coisas são fruto do acaso e outras dependem do nosso arbítrio (Heinrich,
2018, p. 377).


Nessa disputa filosófica, Karl Marx fica ao lado de Epicuro: “Em toda parte, há caminhos abertos para a liberdade” (Heinrich, 2018, p. 378).
O livro termina com um “Apêndice” no qual Heinrich desenvolve uma meta-reflexão
sobre a escrita biográfica, defendendo o objetivo de construir uma trama que entrelace o curso geral da história com a contribuição individual, sem buscar ser uma “psicologia profunda sobre o caráter”, como no caso da obra Der junge Mann Luther, de Erik Erikson (Heinrich, 2018, p. 410). E nos anexos, o livro contém a redação final do ginásio e uma das últimas cartas ao pai.
Heinrich acredita que cada geração desenvolverá novas perspectivas em relação à vida
de Karl Marx e, portanto, sempre serão produzidas novas biografias. Sua vida será
compreendida de acordo com a realidade dos pesquisadores e estudiosos de cada nova geração. Citando Hans Georg Gadamer, Heinrich explica que o que entende por compreender não é a capacidade de se captar um sentido existente para a vida de Marx, mas, ao invés disso, de se criar um sentido (Heinrich, 2018, p. 419). Assim, a vida e obra de Marx ganham novos sentidos se analisadas em relação ao momento histórico presente. O principal paralelo sugerido pelo livro entre o período estudado – os primeiros 23 anos de Karl Marx (1818-1841) – e o momento atual – final da segunda década do século XXI –, é a existência, em ambos momentos, de processos políticos de crescimento e fortalecimento do conservadorismo, com retrocessos em diversas dimensões da vida social, como no campo educacional. O livro permite conhecer, por
exemplo, que a política oficial do Ministério da Educação do Brasil em 2019 guarda grande semelhança com os Decretos de Karslbad de 1819 na Prússia.
Do ponto de vista histórico, o título do livro merece uma observação. Heinrich situa o
sujeito Karl Marx em seu tempo, lembrando que o momento era de desenvolvimento
tecnológico acelerado: “Em Berlim, o jovem Karl também pode admirar os mais novos
desenvolvimentos técnicos da época. Em setembro de 1839, foram apresentados os primeiros daguerreótipos. (…) Em 1838-1839, foi construída uma linha de trem que ligava Berlim a Zehlendorf e Potsdam” (Heinrich, 2018, p. 277-278). Talvez por isso tenha utilizado no título a ideia de “nascimento da sociedade moderna.”
A historiografia atual trabalha com uma periodização da história ocidental em que o
final da Idade Média é, ao mesmo tempo, o nascimento da Idade Moderna. O medievalista francês Jacques Le Goff lembra que a palavra “moderno” se origina com a queda do Império Romano no século V, significando, amplamente, o modo como as coisas se encontram no presente. Para ele, a periodização entre história antiga, medieval e moderna se consolida no século XVI (Le Goff, 1990, p. 169). No século XIX, tempo de Karl Marx, a palavra moderno passou também a ser empregada para caracterizar o desenvolvimento tecnológico industrial.

Mas no âmbito da historiografia e, principalmente, nos currículos da história ensinada no Brasil, na educação básica e no ensino superior, predomina a interpretação de que a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, no final do século XVIII, marcam uma ruptura em relação ao mundo moderno, inaugurando o que historiadores como Eric Hobsbawm caracterizam como “sociedade contemporânea” (1997, p. 25). O uso de “sociedade moderna” por Michael Heinrich pode, assim, ser objeto de reflexão. Diversos teóricos, como Marshall Berman (1984), trabalham com o conceito de “modernidade” para caracterizar as sociedades industriais dos séculos XIX e XX. A principal questão suscitada pelo título, assim, é em relação ao termo “nascimento da sociedade moderna” que costuma ser situado pela historiografia no final da Idade Média. No século XIX, essa sociedade moderna já estava em fase de amadurecimento e desenvolvimento mais acentuado na Europa Ocidental.
A obra de Michael Heinrich já surge como leitura indispensável para se conhecer como
a obra de Karl Marx foi profundamente influenciada por sua vida – e vice-versa. Organizada de modo cronológico, o autor toma o cuidado de evitar uma visão teleológica e demonstra como acontecimentos inesperados e que fugiam de qualquer planejamento – como a morte do pai, as relações de amizade e o relacionamento com Jenny – orientaram as ações e produções intelectuais de Karl Marx. Aguardamos o lançamento dos próximos volumes para aprendermos mais sobre a vida e obra de um dos seres humanos mais influentes da história.